Paradoxo do Exame Surpresa
O professor diz na sexta-feira: 'Haverá um exame surpresa em um dia qualquer da próxima semana'. Uma vez que a semana escolar se encerra na sexta-feira, sexta não pode ser o dia do exame surpresa (pois, como os alunos podem ver desde já, se nenhum exame tiver sido aplicado até quinta à noite, sexta será o único dia restante para o exame e, então, sua aplicação será esperada e deixará de ser uma surpresa).
Mas a sexta-feira tendo sido eliminada, a quinta-feira toma-se o último dia possível para o exame e, assim, a quinta-feira é eliminada por um raciocínio similar -você pode ver, desde já, que se nenhum exame tiver sido aplicado até quarta à noite, então, com a sexta-feira tendo sido eliminada como um dia possível para o exame, a quintafeira seria o único dia disponível e, portanto, a aplicação do exame seria esperado e deixaria de ser uma surpresa.
Por um raciocínio similar, quarta, terça e segunda-feira são, um a um, eliminados. Em outras palavras, nenhum exame surpresa pode ser aplicado em nenhum dos dias da semana. Chega a semana seguinte, e o professor entra na sala, digamos na terça-feira, e distribui as folhas do exame. Surpresa!
(texto do livro "Lógica - Conceitos-Chave em Filosofia", Goldstein, Editora Artmed, 2007)
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